O Senac Brasil realizou a live “Dados Educacionais: responsabilidade e inovação”, segundo episódio da websérie IA na Educação Profissional. O encontro, mediado por Arthur Santos (Senac Departamento Nacional), reuniu especialistas do setor acadêmico, corporativo e da própria rede Senac para discutir como usar dados de forma ética, segura e transformadora na educação. Participaram do debate Fábio Porto (LNCC – Laboratório Nacional de Computação Científica e Instituto de IA), Isabela Oliveira (IAgora Brasil), Alexandre Karamaski (AI Brasil) e representantes do Senac RJ (Elias Santos e Stenio Júnior).
LNCC: Governança e ética dos dados
Abrindo a rodada de falas, Fábio Porto destacou o papel científico na construção de modelos responsáveis de coleta e uso de dados educacionais. Ele enfatizou que a qualidade dos dados é o que sustenta qualquer aplicação de IA e que, sem governança e ética, o risco é comprometer a confiança da sociedade. Fábio também trouxe experiências internacionais e ressaltou que o Brasil precisa avançar em políticas claras de soberania digital e proteção da privacidade dos estudantes.
IAgora Brasil: Inclusão e contexto social
Na sequência, Isabela Oliveira trouxe a perspectiva social, lembrando que dados educacionais não são apenas números, mas histórias de pessoas. Ela destacou a importância de contextualizar os usos da IA de acordo com a diversidade regional e social brasileira, reforçando que a tecnologia deve ampliar oportunidades e não aprofundar desigualdades.
AI Brasil: Ecossistema e inovação
Representando o setor de inovação, Alexandre Karamaski apontou que os dados, quando bem utilizados, podem impulsionar novas soluções em escala. Ele apresentou iniciativas de integração de dados com IA para personalizar experiências de aprendizagem e melhorar processos institucionais. Ao mesmo tempo, ressaltou que o maior desafio é alinhar inovação à responsabilidade: “não basta adotar IA, é preciso garantir transparência, confiabilidade e propósito educacional.”
Senac RJ: Experiência prática com dados educacionais
Encerrando o encontro, Elias Santos e Stenio Júnior compartilharam como o Senac RJ tem lidado na prática com a coleta, análise e uso de dados em cursos técnicos. Eles apresentaram iniciativas que mostram como a análise de dados pode apoiar docentes, gerar insights sobre aprendizagem e reduzir taxas de evasão. Ambos reforçaram que o objetivo não é vigiar, mas criar condições para que cada estudante tenha apoio adequado em sua trajetória educacional.
Mensagem final: equilíbrio entre inovação e responsabilidade
O episódio destacou que a inteligência artificial só tem impacto positivo quando os dados são usados com ética, criticidade e propósito pedagógico. Inovar não significa abrir mão da responsabilidade, mas sim garantir que cada avanço tecnológico esteja a serviço de uma educação mais inclusiva, segura e significativa.
A gravação completa está disponível no Saber Senac.