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Confira o que rolou #3 Websérie de IA do Senac: IA e a Empregabilidade

O Senac Brasil promoveu a live “IA e a Empregabilidade: o que os docentes precisam saber”, reunindo representantes da academia, do setor corporativo e da rede Senac. O encontro, mediado por Fabiano Araújo (Senac Departamento Nacional), contou com a participação de Marcus Amaral (Amazon AWS), Tatiane Nogueira (Sociedade Brasileira de Computação) e Giancarlo Giacomelli (Senac RS), que trouxeram reflexões sobre os impactos da inteligência artificial no trabalho docente, na formação de estudantes e no futuro da empregabilidade.

SBC: Capacitação inclusiva e sustentável

Abrindo a sessão, professora Tatiane (Sociedade Brasileira de Computação e UFBA) apresentou a trajetória da IA no Brasil e destacou o papel transformador da capacitação docente e discente. Ela chamou atenção para a evolução do trabalhador, que acompanha a evolução da tecnologia, e para a importância de distinguir usuários de IA (que precisam de normas e capacitação para uso ético) e desenvolvedores de IA (que impulsionam inovações).

Tatiane reforçou que a formação deve ir além do uso de ferramentas: é preciso construir fundamentos técnicos, éticos e regionais que sustentem a inovação. Exemplos internacionais, como o guia educacional da Nova Zelândia e os referenciais da UNESCO, mostram como integrar tecnologia ao contexto cultural de forma inclusiva. No Brasil, ela destacou iniciativas como o Plano Nacional de IA da SBC e o projeto Baiá, na Bahia, que utiliza o método Paulo Freire para letramento em IA com foco em soberania tecnológica e contextualização regional.

AWS: A IA como aceleradora da aprendizagem

Marcus Amaral (AWS) trouxe a perspectiva corporativa, mostrando como a inteligência artificial pode acelerar processos e personalizar a educação em larga escala. Ele comparou a IA a revoluções anteriores (agrícola, industrial e da internet), afirmando que não elimina empregos, mas transforma funções.

Segundo Marcos, o grande diferencial humano está em inovar, questionar e exercer livre-arbítrio, algo que a IA não faz. Ele destacou que a educação é um dos setores mais beneficiados pela personalização que a IA pode oferecer, desde o planejamento de aulas até a identificação de diferentes ritmos e estilos de aprendizagem, favorecendo uma experiência mais personalizada para cada estudante.

A AWS já atua em projetos que vão desde assistentes para professores até soluções de chatbots personalizados que evitam respostas fora de contexto. Marcos reforçou, porém, que o uso da tecnologia só é eficaz se acompanhado de dados bem estruturados e de capacitação docente contínua: “Se não entendermos o que é IA, corremos o risco de sermos engolidos por ela. O conhecimento é o que garante a dose certa entre remédio e veneno.”

Senac RS: Experiência prática no ensino técnico

Giancarlo Giacomelli (Senac Rio Grande do Sul) apresentou um case de uso de IA em cursos técnicos a distância, que atendem mais de 60 mil alunos em todo o país. Com um volume expressivo de atividades — em média 1,5 milhão de entregas por ano —, a principal dor identificada foi o desafio de garantir feedbacks individualizados e de qualidade em grande escala.

Para enfrentar essa questão, o Senac RS desenvolveu uma parceria com a empresa Gold Mining, que atua em correção de redações. A solução integra IA ao ambiente virtual de aprendizagem, oferecendo feedbacks preliminares que são validados e ajustados pelos docentes antes de chegar ao aluno. O objetivo não é substituir o professor, mas liberar tempo e ampliar a qualidade da devolutiva.

Giancarlo ressaltou que a IA deve ser vista como meio e não como substituto, permitindo que o professor mantenha sua função central: garantir proximidade, criticidade e afeto no processo educacional. Além disso, destacou o papel da cultura de experimentação no Senac RS, que tem revisado propostas de atividades para evitar um “teatro” em que alunos e professores usam IA sem interação real.

Mensagem final: fundamentos, ética e empregabilidade

O debate destacou que a empregabilidade do futuro passa pelo equilíbrio entre domínio técnico e habilidades socioemocionais. Professores e alunos precisam aprender não apenas a usar ferramentas, mas a compreender fundamentos, desenvolver pensamento crítico e aplicar a IA de forma ética e contextualizada.

A live evidenciou que a inteligência artificial, quando usada como coautora do processo educativo, pode apoiar professores, personalizar experiências de aprendizagem e ampliar a inclusão.

A gravação completa está disponível no Saber Senac.

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